Crônica
Clichê
Hoje novamente passou um filme, clichê. Daqueles que tem a
mocinha, que é considerada feia, ou é pobre, ou uma garota “apagada” da escola.
E que de repente, se vê num conflito de qualquer coisa, para no final, o
bonitinho gostar dela e tudo acabar bem. Incrível, como a ficção foge da
verdadeira realidade, que existem finais tristes. Querem nós dar uma esperança,
que só acontece uma vez na vida, porém como só tem filmes assim a todo momento,
acreditamos que qualquer amorzinho pode ser o bonitinho do final. E não é.
Porque não mostram a decepção como ela é? O choro de quase morrer?. Até se
mostra, mas em 5,10 minutos. Nenhuma dor de coração partido é rápida. É
doloroso, voltar a rotina sem a pessoa, sem cada lágrima pesar, sem imaginar
como poderia ser. O coração fica quebrado, e até conseguir juntar os caquinhos,
montar e esperar cicatrizar é complicado. E quando conseguimos, ainda ficam
marcas, com remorso do que pode vim, com o próximo. A cada pancada nos
sentimentos verdadeiros, perdemos a vontade de amar, de se apaixonar. Mas aí
tem os filmes, que retrata que há esperança. Esperança de se machucar de novo?
Não estou criticando a paixão, dizendo que não podemos amar. Mas devemos
pensar, a quem se entregar, se vale a pena, porque o amor é a coisa mais bela da
vida e não podemos gastar ele com qualquer um.
Isabele Pontes
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