Crônica
Ruim onde? Ouvi dizer que meu cabelo é ruim, que não presta. Agora me diz : porque ele é ruim? O que ele te fez? Porque ele não presta? Ele precisa ser liso para ser aceito? Precisa estar preso para ser legal? Não, ele não precisa. Ele precisa ser livre. Livre das chapinhas, das progressivas com nome de sobremesa : chocolate, morango, baunilha. Ele precisa ser livre, de preconceitos, de brincadeiras sem graça. Não sou obrigada a ter que abaixar o volume dele para você poder enxerga, não preciso prende-lo para não chamar atenção. Eu vou arma-lo, vou solta-lo. E quem disse que não posso pintar? De todas as cores meu crespo pode ser. E se não gostar, faço um arco-íris E não queira chamar de : bombril, palha, pixaim. Ele tem nome, que é crespo. Odeio esses "apelidos". E não venha me dizer que eu não lavo o cabelo. Te garanto que cuido mais do que, se cuida do seu. Pois ao contrário de você, eu amo e muito meu cabelo. E presta atenção, essa sua ignorância é prec