Crônica
Cadê a graça?
Eu tive um namoro, muito sem graça, que sem mentiras, durou
um mês e só beijei o menino duas vezes. Não, ele não era de outra cidade,
estado ou país, morava a menos de 30 minutos da minha casa. Mas também, já
tinha começado meio mal, por internet. Me chamou de linda, me convidou para ver
um jogo de futebol, nos beijamos, e no dia do meu aniversário me pediu em
namoro, tudo em menos de uma semana. Tá bom, até daria para o meio da história
ser interessante, cheia de emoções e adrenalina, se ele fizesse questão disso,
mas não. Era eu quem mandava bom dia de manhã, e perguntava se estava tudo bem,
ele respondi com poucas palavras que me deixava irritada. Nem para chamar para
sair ele fazia, era um verdadeiro bunda-mole, se eu pegasse outro, nem
desconfiaria. Sempre odiei, pessoas sem atitudes, que estão só gastando meu
tempo e oxigênio. Porque para mim, se queremos e nos importamos com alguém como
a mãe, ou até mesmo seu animal de estimação, você irá, oferecer ideias e programas
legais e interessantes , para que não caia na rotina. Agora, o Senhor Paspalho,
não fazia nada, nada mesmo. Eu já tinha dado vários indiretas, e diretas bem
certeiras, porém visualizava, ignorava e dizia que me adorava, tentava
compensar a ausência com palavras repetidas e inúteis. Pior coisa que poderia
fazer, não compreendia, que não queria mensagens fofas e bonitinhas, queria
ele, em carne e osso, para abraçar, conversar, ficar fazendo nada, além de
olhar pro teto vendo um filme qualquer. Acho que foi por isso, que não confio
muito em caras rápidos, prefiro aqueles que lutam, não desistem, porque quando
conseguem, fazem de tudo para manter, para não perder. Mas também, eu dei mole,
aceitei depois de uma hora de conversa com a amiga para ver se compensava, pelo
jeito, tinha conversado atoa, mas agora tá tudo bem, estou livre, estou usando
a frase da música da Anitta “ Amores fracos não merecem o meu tempo, não mais”
Isabele Pontes
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