Crônica
Esperança
Ela se escondia. No escuro. No silêncio. Enchia aquele
espaço de tristeza. Seu travesseiro molhado de tantas lágrimas. Quanto mais
ficava naquele estado, a dor aumentava. Era insuportável. Ela não aguentava.
Tinha perdido o rumo, a vida a derrubou. Faziam pouca causa da sua dor, pois ninguém
entendia, o que era ser traída, vendo
que não foi o suficiente para alguém. Se perguntava o que faltou. Amor? Atenção? Talvez um corpo mais esbelto? Não
sabia. Acabou tomando vários remédios, bebidas ao monte. Os pulsos machucados.
Ela sabia que tudo isso era em vão, mas que o sofrimento ia passar. E sabia
como. Ou era se erguer ou se jogar do alto. Porém o corpo não conseguia se
levantar, ninguém tinha dado esperança, ninguém ajudou, ninguém, apenas ela e o
silêncio. Escolheu a segunda opção.
27.12.13
Isabele Pontes
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